quarta-feira, 24 de julho de 2013

Treino de costas e lombar ao ar livre com o personal Fernando Sardinha

Treino de costas e lombar ao ar livre com o personal Fernando Sardinha


O vídeo abordado nesse post foi feito visando os feriados onde a maioria das academias encontram se fechadas. Os frequentadores das academias que realmente levam o treino a sério reclamam, pedem um treino para fazer em casa ou em lugar público, pedem algum tipo de improvisação.
Em função disso o personal Fernando Sardinha fez questão de produzir um vídeo contendo uma ótima explicação sobre um treino de costas e lombarque pode ser feito em uma praça, praia, sítio entre outros lugares.


 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Trapézio

Trapézio no CrossOver com o personal Fernando Sardinha


trapezio_Fernando_Sardinha

Possuir grandes trapézios é algo complicado para muito, é possível ver nas academias homens grandes, com braços grandes, peitorais, costas e até coxas enormes, mas muitos têm uma grande deficiência nos trapézios.
Grandes trapézios são essenciais para dar a aparência de que você é maior do que realmente é. Infelizmente muitas pessoas tendem a desprezar esse músculo, mas saibam que todo o marombeiro que se preze tem que treina-los, isso vale para todos os músculos “nunca deixe de lado nenhum grupo muscular”.
Os trapézios possuem uma linha de amplitude curta, portanto reagem melhor com mais repetições. Muitos tendem a efetuar exercícios de forma errônea talvez por carga excessiva ou por má execução dos movimentos. Por esse motivo o personal Fernando Sardinha demonstra um exercício que vai dar um Up em seus trapézios, no vídeo abaixo o Fernando Sardinha fala e demonstra um pouco sobre como trabalhar o trapézio no CrossOver.


 


Espero que tenham gostado, um grande abraço e um ótimo treino de Trapézio!!!



sábado, 13 de julho de 2013

300 Abdominais

PROGRAMA DE 300 ABDOMINAIS

O Programa de 300 abdominais é um treino, graças ao qual vais poder desenvolver rapidamente os teus abdominais.
O Programa de 300 abdominais irá fortalecer os abdominais e se treinares regularmente, irá esculpir a barriga para teres um "Six Pack".
Além disso, devemos treinar os nossos músculos abdominais, porque são responsáveis por muitas funções importantes no organismo.

300 abdominais

300 abdominais é um treino criado de tal forma para que possas começar a treinar, independentemente do nível em que estiveres agora e para que possas desenvolver sistematicamente os teus músculos.
Antes de começar, por favor lê as informações abaixo e sabe mais sobre treinos alternativos.
  • Como treinar abdominais?
  • Porque vale a pena treinar abdominais?

Outras opções

Deve sublinhar-se que os abdominais sobrecarregam fortemente a coluna e o pescoço e são destinados a pessoas que não têm nenhumas lesões na coluna vertebral nem contra-indicações para este tipo de exercícios. Se no teu caso houver algumas contra-indicações para os exercícios, ou se suspeitares de que possam existir algumas, não comeces a treinar sem primeiro consultar o teu médico.
Também podes interessar-te em outros exercícios que permitam desenvolver os músculos abdominais e que, no entanto, controlem mais a tensão na coluna.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

TREINO PIRAMIDE

TREINO PIRAMIDE
O ganho em hipertrofia muscular é ótimo com o treinamento de força (TF) e suas variáveis como volume intensidade séries, números de repetições, intervalos, freqüência semanal, descanso, entre outros fatores do treino.
E para falar das variáveis do treinamento de força é que fiz esse estudo. Existem vários tipos de treinamento que envolve o trabalho de força, em questão vou falar do método “pirâmide”, que se fundamenta na correlação volume x intensidade.
Existem dois tipos de métodos pirâmide: pirâmide crescente (PC), e pirâmide decrescente (PD).
A pirâmide crescente, também é chamada de método Delorme por ter como similaridade o aumento de carga progressiva, e o método pirâmide decrescente é chamado de Oxford. Alguns autores discordam dessa idéia. Para alguns autores, o método Delorme pode ser denominado sistema leve-pesado (PC), enquanto o método Oxford pesado-leve (PD). Eles discordam dessa idéia porque em experimentos foram empregadas diferentes intensidades, e não foram estabelecidos um número ou faixa de repetições para a realização das séries, os indivíduos tinham que fazer o maior número de repetições possíveis sobre 1 RM.
EXEMPLO DE (PC):
Repetições: 12, 8, 6, 4, 1.
Porcentagem das cargas: 60%, 70%, 80%, 90%, 100% da repetição máxima (RM).
O exemplo de (PD) pode ser aplicado de maneira igual, porém inversa do método (PC)
COMO QUEBRAR ESSAS ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO TREINO DE FORÇA?
A manipulação nas características do treinamento periodizado tem sido consideradas importante, principalmente quando o nível de treinamento requer alta demanda.
Daí entra as variáveis do treinamento, no caso e objetivo desse estudo o treino pirâmide.
Foi aplicado experimento com ambos os métodos e verificou-se que os ganhos foram similares. Compararam efeito crônico no treinamento de força no exercício cadeira extensora no período de nove semanas com teste e re-teste, sabendo que o volume de treinamento pode afetar respostas neurais, hipertróficas, metabólicas, hormonais e na seqüência, adaptações ao trabalho de força, o objetivo dos testes foi comparar os treinos pirâmide em diferentes intensidades sobre o número total de RM`s divididos em 3 séries na cadeira extensora (CE).
Foram utilizados 14 indivíduos para o teste, 9 homens e 5 mulheres, todos adaptados ao treino na (CE), com freqüência mínima de 3 vezes por semana na academia. Foram excluídos da amostra indivíduos que faziam uso de medicamentos em prol da saúde ou no desempenho do treinamento (recursos ergogênicos). O teste começou com a (PC) com intensidade de 70%, 80%, e 90% de 1 RM respectivamente, na seqüência o treino (PD), de maneira inversa a (PC) com intervalo de 3 minutos de descanso.
Segundo estudo, cita que não há diferenças entre os testes (PC) E (PD), mas ocorreu uma tendência a um número maior de repetições quando a porcentagem está a 90% na (PD), nesse caso o método (PD), pode obter vantagem sobre o método (PC) no aumento de força, e que o método (PC) não pode ser usado por um longo período de tempo.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES AO MÉTODO PIRÂMIDE
Pirâmide crescente
Vantagens:
  • Preparação do sistema neuro-muscular de maneira gradativa para esforços mais intensos;
  • Preparação psicológica para os sets mais pesados;
  • Estimula unidades motoras de diferentes potenciais de excitação, durante o treinamento;
  • Aumento da força dinâmica e da força pura;
Obs.: O método é de grande intensidade, a utilização do método deve ser de curta duração em uma periodização
Pirâmide decrescente (Set Descendente)
O método justifica-se pela necessidade de diminuir o peso pela pouca disponibilidade de ATP e pelo aumento de estímulos inibitórios.
Vantagens:
  • É mais seguro executar os exercícios com carga máxima, quando a musculatura estiver descansada;
  • Aumento da endurance muscular;
  •  Estimulação de unidades motoras de diferentes potenciais de excitação;
Aplicação: Como serão utilizadas cargas máximas logo no início do treinamento, deve-se observar cuidadosamente, o aquecimento.
RESPOSTA HORMONAL
O exercício de força estimula a resposta endócrina do corpo liberando hormônios. Estes interagem com diversos receptores celulares. Sinais hormonais são gerados à partir de mecanismos endócrinos (sinal molecular através da corrente sangüínea (célula endócrina clássica) célula-alvo distante, paracrinos (agem sobre as células vizinhas (difusão)), autócrinos (agem sobre as mesmas células que os secretaram (difusão) ou a mesma célula de origem), em geral são inativados rapidamente e neurócrina (neurônio (axônio) corrente sangüínea,  célula-alvo), e interagem com o D.N.A celular o que resulta em um sinal hormonal para cada aumento e redução na síntese protéica.
PRINCIPAIS HORMÔNIOS ENVOLVIDOS NO EXERCÍCIO DE FORÇA
  • Testosterona
  • Insulina
  • GH
  • IGFs
Kraemer e colaboradores determinaram que exercícios de força agudo pode aumentar a concentração de hormônios circulantes, mas os hormônios são sensíveis a diferentes tipos de variáveis no programa de treinamento, são elas:
  • Quantidade de massa muscular recrutada
  • Intensidade da sessão
  • Quantidade de intervalo entre as séries e exercícios
  • Volume total
  • Nível de treinamento do indivíduo
CONCLUSÃO
Fica concluído que, ambos os métodos pirâmide, seja ele crescente ou decrescente, são bons como variáveis de treinamento, porém sendo usado por um curto período de tempo, e ambos trás benefícios ao organismo e aumento de desempenho na manipulação das variáveis do treinamento, sendo feito por indivíduos que já possuem um bom nível de adaptação nos exercícios de força.
Converse com seu treinador sobre esses métodos e sua manipulação de forma positiva para promover melhoria no desenvolvimento e desempenho corporal.
bons treinos!!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Peito e Bíceps, Costas e Tríceps ou o Inverso?

Peito e Bíceps, Costas e Tríceps ou o Inverso?


PEITO E BÍCEPS, COSTAS E TRÍCEPS OU O INVERSO? ESTÁ EM MATÉRIAS

VER IMAGENS ASSOCIADAS

Frequentemente temos sido questionados quanto a ordem dos grupos na semana e qual seria a melhor combinação para melhores resultados.

Bem, isso é muito relativo e ambas as combinações estão certas se divididas com o devido descanso proporcional ao estimulo gerado a agonistas e sinergistas, por exemplo, se você treina peito e bíceps numa segunda feira, levando em consideração que os bíceps são sinérgicos no treino de costas, treinar no dia seguinte do treino de bíceps as costas não é uma opção muito inteligente, primeiro porque os bíceps necessitam de devido repouso para que haja reparação tecidual e um eficiente anabolismo, e segundo que com os bíceps detonados do treino no dia anterior, haverá decréscimo de performance, pois o sinergista estará minado e não poderá auxiliar os dorsais a realizar as puxadas da maneira que deveria.

Assim também acontece com Peitorais numa segunda e tríceps ou ombros no dia seguinte. É contra produtivo na maioria dos casos.

Agora se o atleta levar em consideração esses detalhes básicos e treinar segundas peito e bíceps e na terça jogar um quadríceps para na quarta fazer o dorsal com tríceps não há problema. Isso vai depender muito de uma série de fatores determinantes como nutrição, suplementação e a própria intensidade do treino.

Cada pessoa tem sua individualidade e necessidade específicas ao qual cabe ao treinador ou ao próprio praticante saber identificar e aplicar da melhor maneira.

Treinar Peito e Tríceps e Costas e Bíceps tem suas vantagens e desvantagens. A vantagem é que treinando assim os músculos terão um descanso maior durante a semana, porém como os tríceps auxiliam o peito a empurrar os pesos, você não conseguirá treinar os tríceps 100% como você treinaria se tivesse acoplado ao treino de dorsais.

A resposta para essa questão é a variação da ordem afim de numa fase gerar treinos 100% em todos os grupos, e em outra gerar mais descanso. Nosso corpo reage ao ESTRESSE e devemos lutar ao máximo contra a homeostase (controle interno) que irá brecar os ganhos e fazer com que paremos de evoluir.

Segue abaixo exemplos de rotinas utilizadas por nós e nossos atletas de maneira efetiva.

Rotina 1
SEG - PEITO E BÍCEPS
TER - QUADS E FEMORAIS
QUA - FREE
QUI - COSTAS E TRÍCEPS
SEX - FREE
SAB - OMBROS E PANTURRILHAS
DOM - FREE

Rotina 2
SEG – PEITO E TRÍCEPS
TER – COSTAS E BÍCEPS
QUA – QUADS
QUI – FREE
SEX – OMBROS
SAB – FEMORAIS E PANTURRILHAS
DOM – FREE

Existem uma infinidade de outros exemplos de rotinas que podem e muito ser eficazes no objetivo final.

Mantenham o foco e train hard!!!
 

  • Treino de Quadríceps - Gracyanne Barbosa

    Treino de pernas postado pela Gracyanne Barbosa dia 1 de março de 2013 no seu instagram @graoficial

    Extensora unilateral 12 de cada lado +10 com as duas junto com agachamento sem peso 30 - 4 séries.


    Agachamento 8 junto com com agachamento no elástico 15 (de cada lado) - 4 séries.
    Como fazer agachamento no elástico: Observe a anilha. A cada agachamento, a perna abre para o lado da anilha e, ao levantar, as pernas se juntam. Fazer 15 com cada perna.


    Leg press 5x10


    Stiff ou terra 10 junto com com flexora em pé 12 - 4 séries.


    Flexora sentada unilateral 10 de cada lado + 10 com as 2 - 3 séries. No final 5 x8 descansado 10 seg com as duas





    Read more: http://www.mulhermalhada.com/2013/04/treino-de-quadriceps-gracyanne-barbosa.html#ixzz2YhUyQluH

    terça-feira, 9 de julho de 2013

    Treinamento de DORIAN YATES

    Treinamento de DORIAN YATES

    White Powder + Dilatex - Power Supplements

    Treinamento de DORIAN YATES
    Dorian Yates foi seis vezes Mr.Olympia,( 1992 / 1993 / 1994 / 1995 / 1996 / 1997 ) foi ele que começou a era de GIGANTES no Bodybuilding. Sua filosofia de treinamento foi adaptada de Mike Mentzer.
    TREINOS CURTOS,INTENSOS,PESADOS
    O treinamento de Dorian Yates era sempre curto com poucas séries, mas muito intenso e muito pesado. Para você terem uma ideia, o treino de Bíceps de Dorian possuia apenas 05 séries, estou falando de 05 séries no total.
    TREINO PROGRESSIVO
    Dorian Yates trabalhava com cargas progressivas. Periodicamente ele adicionava mais carga em seus exercícios.Também diminuía o tempo de repouso entre séries e exercícios. Estava sempre querendo quebrar seus limites.
    TREINO PIRÂMIDE
    Dorian também usava este principio, seu objetivo básico era aquecer o músculo progressivamente antes de utilizar a carga máxima para um determinado exercício e assim evitar riscos de rupturas e lesões. Fazia isso sempre em exercícios onde muita carga era utilizada como agachamentos, supino, remadas.
    REPETIÇÕES FORÇADAS
    Dorian Yates sempre tinha um companheiro de treino que ajudava a execução de mais algumas repetições após se ter atingido o ponto máximo do esgotamento muscular para determinado exercício, ou seja, quando sozinho já não conseguia fazer o exercício com a forma e técnica correta,Dorian tinha uma pequena ajuda para finalizar a repetição.
    SÉRIES NEGATIVAS
    Outro principio que Yates utilizava,ele se concentrava na fase excêntrica da contração muscular. O Objetivo é sustentar o peso e baixá-lo controladamente enquanto o companheiro de treino auxilia toda a fase positiva do movimento após ele ter alcançado o esgotamento total. Isto permitia que ele utiliza-se maior quantidade de peso.
    MÚSCULOS GRANDES:
    Dorian Yates trabalhava Pernas e Costas com 08 a 09 exercícios e um total de 14 a 15 séries. Para cada exercício: 01 a 03 séries.Peitoral era trabalhado com quatro exercícios e um total de 10 séries.01 a 04 séries por exercício.Para músculos grandes, Dorian Yates sempre fazia séries de aquecimento em sistema pirâmide para aquecer os músculos e prepara-los para SÉRIES BEM PESADAS.
    MÚSCULOS PEQUENOS
    Ombros, Bíceps e Triceps eram trabalhados com 02 a 04 exercícios e um total de 05 a 09 séries. As séries ficavam entre 01 a 03 por exercício. Para Dorian o treino super pesado e intenso de Pernas, Peito e Costas ja estimulava os ombros, bíceps e triceps.
    QUALIDADE NO LUGAR DE QUANTIDADE
    Para Dorian Yates o que valia era QUALIDADE em vez de QUANTIDADE. O treino era de baixo volume mais muito intenso e pesado. Dorian também não inventava, seu treino era básico, o chamado pão com manteiga.
    EXEMPLOS DE ROTINAS
    Dorian Yates sempre teve varias rotinas de treinamento conforme as competições, abaixo somente um exemplo de algumas rotinas que ele utilizou.
    Pernas:Extensão de Perna 3 x 10/15
    Leg Press 2 x 10/12
    Agachamento Hack 2 x 10/12
    Rosca Perna 2 x 8/12
    Meio Levantamento Terra 1 x 8/10
    Rosca Perna Unilateral 1 x 8/10
    Gemeos em Pe 2 x 10/12
    Gemeos Sentado 1 x 10/12
    Peitoral:
    Supino Inclinado 4 x 8/12
    Supino Maquina Hammer 2 x 6/10
    Crucifixo Inclinado 2 x 8/10
    Cabos Cruzados 1 x 10/12
    Biceps:Rosca Banco Inclinado 2 x 6/10
    Rosca Direta Barra EZ 2 X 6/10
    Rosca Scoth Maquina Nautilus 1 x 6/8
    Costas:
    Polia Costas Maquina Hammer 3 x 8/12
    Nautilus Pullover 3 x 8/12
    Remada Curvada 2 x 8/12
    Remada Unilateral 1 x 8/10
    Polia Sentado 1 x 8/12 –
    Posterior Ombros Maquina Hammer 1 x 8/10
    Elevação Posterior 1 x 8/10
    Hyper Extensão 1 x 10/12
    Levantamento Terra 2 x 8/10
    Ombros:
    Press Frontal Maquina Smith 3 x 8/12
    Elevação Lateral 2 x 8/12
    Elevação Lateral com cabo 2 x 8/20
    Encolhimento Ombros 2 x 10/12
    Triceps:Triceps Polia 3 x 8/15
    Triceps Testa Barra EZ 2 x 8/15
    HISTORICO:
    1984 Mr. Birmingham novice 1st
    1985 Novice West Coast (England) 1st
    1985 World Games 7th (London)
    1986 EFBB British HW 1st (in London)
    1988 British Championships 1st
    1990 Night of Champions 2nd
    1991 Night of Championships 1st
    1991 Mr. Olympia 2nd
    1991 English Grand Prix 1st
    1992 Mr. Olympia 1st
    1993 Mr. Olympia 1st
    1994 Grand Prix Germany 1st
    1994 Grand Prix Spain 1st
    1994 Grand Prix England 1st
    1994 Mr. Olympia 1st
    1995 Mr. Olympia 1st
    1996 Mr. Olympia 1st
    1997 Mr. Olympia 1st

    segunda-feira, 8 de julho de 2013

    Treino para Dorsais

    Os melhores exercícios para dorsais | Análises EMG

    Nesta parte da série dos melhores exercícios para cada grupo muscular, em vez de abordar apenas um grupo muscular, iremos abordar três*.
    Aviso desde já que o artigo de dorsais é um pouco extenso devido a se tratar na verdade de 3 grupos musculares, mas insista e leia até ao final, porque vale bem é pena e é o leitor quem sai a ganhar.
    • Imagem 1: Os maiores grupos musculares das costas, os trapézios, rombóides e grande dorsal.
      Os trapézios (a vermelho na imagem 1) e os rombóides (a azul na imagem 1), do qual o anterior (os trapézios), que cobrem os romboides que se ligam à escápula com a vértebra da coluna espinal, é muitas vezes erradamente associados à musculatura do pescoço; em efeito, o músculo trapézioestende-se longitudinalmente desde o osso occipital até à espinha da escápula e é portanto, responsável pelo que os culturistas profissionais muitas vezes se referem como “espessura das costas” e…
    • O grande dorsal (a verde na imagem 1), que é literalmente, o músculo com maior dimensão dascostas e é portanto, o responsável pela “largura” das costas.
    Iremos analisar a “largura” e a “espessura” dos dorsais num único artigo, por duas razões. Em primeiro lugar, se quisermos desenvolver uma estrutura forte e visualmente impressionante, temos que treinar todos os grupos musculares da parte superior/medial das costas.
    *Nota: De facto, também temos que treinar a parte inferior das costas, em particular os eretores da espinha, mas dado que analisar todos os quatro aspetos das costas iria tornar o artigo demasiado longo. Decidi deixar a parte inferior das costas para um próximo artigo desta série.
    Em segundo lugar, na verdade não é possível isolar uma parte da outra, porque o seu corpo não foi concebido para ter uma aparência estética apelativa (seja lá qual for a sua interpretação individual disso), mas sim para gerar força funcional ótima e agilidade, e assim sendo, em ultima instância, para a sobrevivência.
    Consequentemente, os músculos das suas costas (assim como também acontece com outras partes corporais) irá sempre funcionar em combinação, quando sobe, puxa, ou simplesmente transporta objetos pesados pela sua casa ou jardim. Mantenha isso em mente quando estiver a ler sobre treinar para “largura” ou “espessura” … A sinergia é o nome do jogo e de qualquer forma, não irá desenvolver “asas” (dorsais largos) numa estrutura que seja fina como uma panqueca -pois não?
    Mas deixemo-nos disso e vamos ao que interessa, que é o treino de dorsais baseado na investigação EMG. Aqui estão os exercícios mais eficientes para o músculo trapézio e grande dorsal (latissimus dorsi), tal como registado pela eletromiografia (exercícios testados em 10 voluntários com experiência em treino de musculação, com a idade média de 22 anos e gordura corporal ao redor dos 13%; dados de Boeckh-Behrens & Buskies. 2000.)

    I. O grande dorsal – Desenvolva um par de “asas” 

    Exercícios com equipamento de musculação comum para o músculo grande dorsal:
    1. Puxada de dorsal ao esterno (PS1), agarre próximo em supinação, costas inclinadas
    2. Puxada de dorsal à nuca (PN), agarre em pronação, á largura dos ombros, costas retas.
    3. Remo com halter, tronco inclinado (DB1), agarre em supinação, braços próximos do tronco, palmas das mãos a apontar para a frente
    4.  Puxada de dorsal ao esterno (PS2), agarre em pronação à largura dos ombros, costas inclinadas
    5. Remo com halter, tronco inclinado (DB2), agarre neutro, palmas das mãos a apontar para o tronco
    6. Puxada de dorsal ao esterno (PS3), agarre em pronação, à largura dos ombros, tronco reto.
    7. Remo sentado em máquina (CR), Barra-V, braços próximos do tronco
    Figura 1: Atividade EMG dos exercícios com equipamento de musculação comum, expressa “relativamente” à puxada de dorsal à nuca (PN), a abreviação pode ser encontrada no gráfico acima (dados calculados e baseados a partir de Boeckh-Behrens & Buskies. 2000).
    A representação visual da atividade EMG relativamente ao que é considerado desde há muito tempo o melhor exercício para as costas, a puxada de dorsal à nuca, mostra que os exercícios clássicos, que na verdade Joe Weider recomendava, como a puxada ao esterno (PS1) e à nuca (PN) foram na verdade, os que provocaram a maior ativação dos músculos dorso-laterais do tronco, mas, ao contrário do que o canadense co-fundador da Federação Internacional de Culturismo (IFBB) pensava, Boeckh-Behrens & Buskies não encontraram diferenças significativas na activação da parte superior, medial e inferior do grande dorsal durante as diferentes variações da puxada de dorsal. Por outras palavras, não é possível treinar de forma isolada a parte superior, medial ou inferior do músculo mais grande das costas (grande dorsal).
    Recorde-se sempre! Que o músculo grande dorsal não é excepção à regra de que não é possível isolar fibras musculares individuais de um determinado grupo muscular. O mesmo é verdade para a parte “superior e inferior” dos abdominais e a “parte superior e inferior dopeitoral”, que irão sempre trabalhar em conjunto, quer faça crunch no chão, elevações de pernas na barra fixa, flexões de tronco e supino.
    Neste contexto, também vale a pena mencionar que, pelo menos em certa medida, todos os movimentos de puxada ativam o bíceps braquial, o músculo da parte posterior do deltoide (parte posterior) e também a parte transversal do músculo trapézio (parte medial dos trapézios).
    Imagem 2: Inclinar-se ligeiramente para trás (135° vs. 180°)  aumenta a ativação do músculo grande dorsal em 11%!
    Outra conclusão interessante que podemos retirar dos dados da figura 1 é que, ao contrário do que muitos gurus afirmam, inclinar-se para trás, ou como alguns dizem fazer batota” na puxada de dorsal, é na verdade benéfico no que diz respeito à ativação do músculo grande dorsal (desde que realizado sem impulso/balanço).
    Comparado com a versão de puxada de dorsal ao estilo “correcto”, que deve ser realizada estando sentado e com o tronco 100% reto, de forma que os seus braços e o seu torso estejam e se mantenhamperpendiculares ao chão, inclinar-se ligeiramente para trás (PS1; 135° vs. 180°, veja a imagem 1) aumenta a ativação do músculo grande dorsal em 11%.
    Num contexto semelhante, o ridicularizado remo com halter com agarre em supinação, que é suposto transformar o remo inclinado com halter num exercício para os bíceps, aumenta a ativação dos dorsais em 6%, desde que seja realizado com aforma apropriada, isto é, mantendo o braço ao lado do seu corpo (não deixe que os seus braços se afastem, para poder levantar pesos mais pesados).
    Nota: Embora o ângulo entre os seus braços e o seu torso (braços juntos vs. afastados) afete a intensidade do exercício, não é tão crucial como se poderia pensar. Por exemplo, afastar os braços num ângulo de 45° graus durante um remo em maquina com agarre V, diminui a ativação dos dorsais em menos de -1%!Por outro lado, uma abdução de 90°, diminui a atividade de EMG por -49%, e irá portanto, transformar um exercício para dorsais num exercício para a parte posterior dos deltoides.
    Exercícios com peso corporal para o músculo grande dorsal:
    1. Imagem 3: A elevação de tronco à nuca, com agarre afastado em pronação, ainda é o exercício corporal número um para o desenvolvimento dos dorsais.
      Elevação de tronco à nuca, agarre afastado em pronação
    2. Elevação de tronco ao esterno, agarre afastado em supinação
    3. Elevação de tronco ao esterno, agarre afastado em pronação
    4. Elevação de tronco ao esterno, agarre próximo em pronação
    Como pode ver, a boa e velha, mas para alguns dolorosaelevação de tronco à nuca (se me perguntassem, diria que não é um movimento natural) ainda é o que proporciona a maior ativação dos dorsais.
    Figura 2: A atividade EMG das variações da elevação de tronco ao esterno expressa, em comparação com a elevação de tronco à nuca com agarre afastado (dados calculados com base em Boeckh-Behrens & Buskies. 2000).
    Para além disso, é interessante que as elevações de tronco usando um agarre afastado em supinação e não as elevações com agarre em pronação, como a maioria dos atletas provavelmente pensam, ficam em segundo (-13% e -19% menos de atividade EMG vs elevações de tronco à nuca. Por outro lado, um agarre próximo tira muita da atividade dos músculos dorsais, muito provavelmente devido ao fato de ter que se usar menos peso.
    Dica de treino! Se não puder fazer as “clássicas” elevações à nuca, porque os seus ombros, pescoço ou outra coisa esteja a doer, procure um tipo de estação de treino para elevações de tronco que ofereça suporte, mas sem a parte da barra ao meio. Se tiver sorte, irá conseguir realizar este movimento sem dor e até usar peso extra. Desta forma não irá ter que inclinar a cabeça para a frente, já que a cabeça não irá bater na barra, assegure-se no entanto, de não inclinar demasiado para trás, já que dessa forma, estaria a fazer na mesma uma puxada ao esterno.

    II. Os trapézios e os rombóides – Adicionando espessura às suas costas

    Em jeito de nota, em relação aos músculos rombóides: Todos os exercícios que ativam os músculos trapézios, irão inevitavelmente atingir também os músculos rombóides, que se encontram por debaixo. Esta circunstância e a impraticabilidade de medir a atividade muscular num músculo a que não é possível ter acesso sem intervenção cirúrgica (recorde que os músculos romboides estão cobertos pelos músculos trapézios) levou a que Boeckh-Behrens & Buskies decidissem não medir a atividade EMG dos músculos romboides individualmente.
    Exercícios realizado com equipamento comum de musculação para…*indica um exercício de referência em relação ao qual os outros foram comparados na figura 3. ^ Indica que o valor exato de EMG não foi medido/registado no mesmo grupo de voluntários. ° A não ser que se refira o contrário, o dado ângulo denota o ângulo entre o braço e o torso.
    … a parte superior dos músculos trapézios:
    1. Imagem 4: Esta é a máquina que os voluntários do estudo usaram no estudo para realizarem as aberturas invertidas com rotação interna, note o ângulo de 90° graus dos braços e torso.
      Encolhimentos com halteres *
    2. Encolhimentos com barra à frente, agarre próximo
    3. Peso morto ^
     a parte medial dos músculos trapézios:
    1. Peck Deck invertido (rotação interna, 90°)
    2. Voos com halteres (90°)*
    3. Remo inclinado com barra (90°)
    4. Remo em máquina com barra reta
    5. Face pulls
    6. Remo com halter (90°)*
     a parte inferior dos músculos trapézios
    1. Peck Deck invertido (rotação externa, 120°)
    2. Voos com halteres (120°)*^
    3. Máquina de voos (rotação externa, 90°)
    4. “Shoulder pulls”, na polia alta de dorsais
    5. Voos com halteres (90°)*
    6. Máquina de voos (rotação interna, 90°)
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    Figura 2: Atividade EMG dos vários exercícios de costas para a parte superior, inferior e medial dos músculos trapézios, os valores são expressos relativamente aos exercícios marcados com um asterisco (*) para a respetiva parte de músculo (dados calculados baseados em Boeckh-Behrens & Buskies. 2000)
    Embora não tenham medido especificamente a atividade EMG do peso morto, os autores especulam que “tendo em conta a função anatómica do músculo e as cargas elevadas, o [peso morto] é provavelmente, muito eficiente”. Dito isto, nenhum dos nomes, nem nenhuma das pontuações nos exercícios do top 3 para a parte superior dos músculos trapézios o deverão surpreender. Esses exercícios são e têm vindo a fazer parte dos regimes de treino para as costas, embora por vezes sejam confundidos por exercícios para o pescoço ou ombros.
    Isolando as partes individuais do músculo trapézio, com respeito à ativação superior da parte medial do músculo trapézio pela abertura invertida em máquina vs. o seu equivalente com pesos livres, o voo com halteres, eu gostaria de chamar a sua atenção para a imagem 4, que mostra uma peça de equipamento similar à que foi usada no estudo. Ao contrário da variação com pesos livres, o Peck Deck invertido retira tanto o “impulso/balanço” como a contribuição dos tríceps/braços” do movimento e é portanto, o movimento de isolamento ideal.
    Nota: Embora Boeckh-Behrens e Buskies não tenham analisado isso de forma individual, é muito provável que a ativação do músculo trapézio seja menor numa dessas máquinas em que se puxa com as mãos em vez de puxar os suportes com os braços.
    Imagem 4: Puxada de ombros, um exercício que é muitas vezes usado como parte de programas de reabilitação.
    Uma simples mudança de ângulo entre os seus braços e o seu torso, de 90° para 110° muda o foco de ambos os exercícios baseados em pesos livres e em máquinas, para a parte inferior dos trapézios. Um exercícios de isolamento ideal, que irá também ajudar com a postura e a prevenção da temida “síndrome de irritação do ombro” em que os tendões do músculos dos rotadores da cufa tornam-se irritados e inflamados, pois passam ao longo do espaço subacromial, a passagem entre o acrómio.
    É a puxada de ombros (shoulder pull) numa máquina comum de puxada de dorsais, onde, em vez de puxar com os seus dorsais (e braços), os seus braços permanecem estendidos ao longo do movimento e você move o peso exclusivamente com os músculos que usaria se alguém lhe pedisse para puxar as suas “omoplatas” para dentro e para fora(veja a imagem 4).
    Embora este não seja um exercício habitual nos programas de treino de musculação, a incorporação de exercícios de reabilitação eficientes como este, podem ajudar a prevenir a ocorrência de lesões e- quem sabe – ajudar a dar os últimos “retoques” a umas costas já quase perfeitas.
    Exercícios corporais para a parte inferior dos músculos trapézios:
    1. Fundos
    2. Puxada ao esterno. Agarre afastado em pronação
    Provavelmente irá ficar surpreendido ao ver os fundos como o principal exercício corporal para desenvolver a parte inferior dos músculos trapézios. Se não acreditar nos dados de EMG, tente fazer alguns fundos depois de sessão exaustiva de treino de costas com um elevado envolvimento dos trapézios, ma tenha cuidado, poderá aleijar-se facilmente, quando os seus trapézios já não puderem continuar a estabilizar o seu corpo.
    Dica de treino: Embora muitos atletas falhem em dar-se conta disso, as costas são provavelmente, o grupo muscular mais difícil de treinar, ou deveria dizer, deestimular da forma adequada. Assegure-se de usar um peso que seja difícil de levantar do chão e de pousar, mas assegure-se sempre de que não é demasiado pesado que não o consiga controlar na descida. Se os seus músculos não conseguem parar o peso na descida,antes que os seus tendões o façam, então o peso é demasiado pesado. Deixe o seu ego á porta, pegue num peso mais leve e trabalhe o músculo, não a cartilagem.Puxar, apertar e controlar a descida, de forma sinergística, é o caminho a seguir para um grande desenvolvimento das costas, sem lesões.
    Imagem 5: Para os que possam ter ficado com dúvidas, aqui estão dois exemplos representativos de um tipo de agarre em supinação e em pronação. Repare na posição das mãos.
    Concluindo, enquanto praticamente todos os exercícios de costas irão ativar ambos os músculos grande dorsal, os músculos trapézios e os subjacentes rombóides a algum grau, apenas uma combinação dos exercícios mais eficientes para as costas, que são a elevação de tronco à nuca com agarre afastado em pronação e aelevação de tronco com agarre afastado em supinação, com os melhores exercícios para a parte superior, medial e inferior dos trapézios, que são osencolhimentos pesados com halteres e voos a 90° e a 110° irão ativar todos os grupos musculares das suas costas de forma máxima.

    Um programa de treino baseado nos resultados EMG

    É claro que existe uma miríade de formas de combinar os exercícios individuais, a minha recomendação individual para um desenvolvimento de costas impressionante (baseado nos dados EMG) seria a seguinte:
    1. Imagem 5: Existem exercícios que teriam de ter sido inventado se não estivessem estado presente desde os primórdios da cultura física. Os encolhimentos são sem dúvida alguma, um desses exercícios.
      Elevação de tronco à nuca – para desenvolvimento dos dorsais + todos aqueles músculos estabilizadores escondidos que um movimento de corpo completo como a elevação de tronco ativa. (5-10 repetições / use peso adicional ou use o método “rest-pause” se puder fazer mais / menos).
    2. Puxada à frente com agarre próximo em supinação – (Na posição contraída, puxe os cotovelos para trás o mais possível) – para esgotar completamente os dorsais (8-12 repetições)
    3. Encolhimentos com halteres (contraia os trapézios ao máximo no final do movimento) – para o desenvolvimento da parte superior dos trapézios (10-12 repetições)
    4. Voos a 90° (referencialmente numa máquina semelhante à da imagem 4) – para o desenvolvimento da parte medial dos trapézios, (10-12 repetições).
    5. Voos a 110° (use pesos leves, sinta a congestão muscular!) – para o desenvolvimento da parte inferior dos trapézios (vá até á falha, aumente o peso se conseguir fazer mais de 15 repetições).
    Poderá notar que aqui não faço recomendações de volume. Isto deve-se ao facto de verificar que cada um tem que descobrir o que funciona melhor para si em termos de volume e frequência de treino ótimos. Isto também pode mudar ao longo do tempo/de acordo com os diversos fatores de estilo de vida/nutrição e suplementação.